eu não quero

ser o que te tira da realidade

eu quero ser o que torna a sua realidade mais suportável

porque eu sei que ás vezes viver DÓI.

Tudo colabora pra que eu me sinta bem.
Tenho meus cigarros, tenho uma pré-paz-de-espírito por achar que as coisas podem melhorar, e hoje meu humor que não é lá essas coisas está bom, então porque essa inquietude não me deixa?
SAI DE MIM!

Clichês a todo vapor

''Eu juro que não foi por mal, eu não queria machucar você prometo que isso nunca vai acontecer mais uma vez, e era sempre e sempre o mesmo novamente, a MESMA TRAIÇÃO (ás vezes é difícil esquecer...)''

''Me perdoa daquela expressão pré fabricada de tédio tão canastrona que nunca funcionou nem funciona, me perdoa, me perdoa''

Eu tinha muitas coisas pra escrever, tenho muitas coisas em mente, mas MELHOR NÃO.

Calafrios.

O medo do não acontecer me dá calafrios.
Forget the pain.
Isso não é possível.
Forget the pain again.
-Você não é nada além de uma mente confusa e desprezível, agora esqueça a dor.
Não acontecer o quê?
[Ninguém pergunta, é uma voz no vazio, mas eu posso responder].
Não acontecer a vida, não é nada pretencioso, eu só tenho medo de a vida não acontecer e o medo me dói.
-Hum, entendi, embora não faça sentido, eu entendo. O que você tem em mente agora, além de mim que sou só uma voz imaterializável na sua cabeça?
-Alguém.
-Hum, isso não é bom.
-É, eu sei que não, mas pelo menos é melhor do que ter só você que é uma voz.
-Faz sentido, você é bem esperta.
-...
-quer falar sobre esse alguém?
-Pode ser.
-Você sabe que vou te julgar.
-Sim, eu sei.
-Tudo bem, quem é esse alguém?
-Você sabe que eu não posso falar.
-Está certo, me diga só o que sente então, você sabe que vai ficar só entre nós.
-Sim, eu sei.
-Então pode falar.
-É uma pessoa que conheci, a pior pessoa do mundo e por isso eu gosto dela, mas gosto menos do que gostaria de gostar, entende?
-Não.
-Eu queria amar essa pessoa, mas não consigo.
-Isso é ruim Clarisse, amar é muito bom...
-É, eu sei, mas pra mim é difícil, você pode me ajudar?
-Querida Clarisse, eu não existo, e enquanto temos esse diálogo e tu o escreve há alguém perto de ti, sua mãe provavelmente te vendo bater os lábios como se estivessemos conversando quando na verdade eu sou você, é evidente que eu adoraria te ajudar, mas eu não posso, na verdade, é até pretencioso pra não dizer errado referir-me a mim como 'eu', devo sempre colocar aspas visto que 'eu' não existe.
-Mas eu existo, e preciso de respostas.
-Toma teus remédios, se teu mal é químico vai passar.
-Meu mal não é químico.
-Só te resta esquecer a dor, então.
-Não.
-Porque você gosta dessa pessoa?
-Porque ela é imprevisível, eu sempre espero o melhor, o pior e nada dela ao mesmo tempo, é fantástico isso, injeta vida em mim.
-Você não é obrigada a amar, só porque te faz bem, você pode só gostar, só gostar não é errado...
-Mas eu quero ser amada.
-Se contente em ser Amanda.

nonsense

Preciso de algo pra anestesiar
estas humildes vísceras insanas
insanidade em cada fio de cabelo
preciso de remédios
não é vício, não é não
há muito ainda que sentir, viver e amar
eu preciso de anestesia
pra quando esse dia chegar estar viva
não é vício, não é não
eu juro... que não.

Já não sei dizer se o que sinto é saudade.

Sei que meu coração maluco parece sangrar, e sangra tanto que ao olhar meu peito percebo que minha camiseta está manchada, então, tenho a confirmação, estou sangrando mesmo, saudade dói mesmo, machuca.
Logo olho meus pulsos, até pisco algumas vezes, pra confirmar, mas está claro, eles também sangram, meus pulsos jorram de saudades.
Eu tenho as piores notícias pra lhe dar, talvez problemas meus doam mais em ti do que em mim pois por mais que eu esteja sofrendo, e eu estou, no fim do dia, de cada corte, cada comprimido passado da validade ou bebida ingerida pra esquecer a saudade eu me alegro porque você simplesmente existe, nenhum sentimento é mais puro, mais verdadeiro ou me faz mais bem do que isso, tu existe, simplesmente existe!
Infelizmente a distância e os desencontros existem, mas sempre estarei no teu aguardo, tu segue sangrando daí que eu sigo sangrando daqui.

Amo'te.