tem alguém batendo na porta.
alguém que quer me levar pra sair, alguém que não entende que eu quero ficar exatamente onde eu estou remoendo e estraçalhando esse meu pequeno grande coração que agora se encontra em frangalhos.
eu não quero caro amigo que bate a porta, caro leitor que só o é por total falta de coisa melhor pra fazer, que ninguém me entenda, querer isso primeiro seria pretencioso, segundo e principal seria impossivel, se eu mesma não entendo o que sinto não quero que ninguém o faça, só quero que me deixem em paz.
minha mente é perturbada e minha felicidade não é igual a sua, eu fico feliz por ter uma gilete sempre a mão pros casos desesperados quando o coração arde tanto no peito que eu preciso arranca-lo fora, como um fio eu corto o pulso e vou puxando meu coração pra fora fora, puxando devagarzinho até acordar num lugar onde todos me olham indignados, e aí já chamaram minha mãe, que não entende nada 'sem dúvida foi um acidente, sem duvida'.
Por hoje chega.
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